O
que importa não é a mensagem dita, mas o jeitinho como ela é
falada.
Até
dá impressão de que se queria dizer outra coisa...
Outro
dia apareceu uma brincadeira na internet com uma música de Roberto
Carlos.
Pois
bem! Os devaneios românticos que tendem ao absurdo não são
exclusividade brasileira. Não!
Aliás,
isso era de se esperar.
O
que se faz agora é provar isso.
Veja-se
a Tradução e a análise de algumas passagens de “All I Ask ofYou” - Tudo que eu peço de você, numa tradução livre:
“Não
fale mais sobre trevas”
a) Não se pode nem cogitar de falar nada sobre a noite. Fobia da noite como acontecia com os antepassados do homo sapiens que se escondiam nas cavernas por causa das feras noturnas... Diagnóstico: Atavismo paranoico
a) Não se pode nem cogitar de falar nada sobre a noite. Fobia da noite como acontecia com os antepassados do homo sapiens que se escondiam nas cavernas por causa das feras noturnas... Diagnóstico: Atavismo paranoico
“Esqueça
os seus medos”
“Eu
estou aqui, nada pode machucá-la”
b)
Esse “é” o cara. Megalomania declarada.
“Minhas
palavras aquecerão e acalmarão você”
Tendências
a acreditar em fenômenos paranormais: Sente-se capaz de produzir
calor, talvez com a emissão de fogo pelas ventas, à moda de
dragões.
“Eu
estou aqui, com você, ao seu lado, para guardá-la e guiá-la”
c)
Tendências messiânicas e megalomaníacas como as de alguns pastores
ou de Hitler. Não só vai guardá-la a 7 chaves como vai guiá-la,
provavelmente, a algum mundo melhor, livre de qualquer outro pastor
que não seja ele.
d)
Autoidolatria;
“Prometa-me
que tudo que você diz é verdade, Isto é tudo que lhe peço”
e)
O problema aqui é a compulsão a mentir: pede-se um monte de coisas
na música toda e quando se chega a esse ponto, afirma-se que só se
pede a verdade, que é justamente aquilo que não está sendo
oferecido.
"Tudo
que eu quero é liberdade. Um mundo sem noites”
f)
Desconsideração da realidade, crença em mundos paralelos,
alucinações temporais e mais um monte de patologias.
“Aonde
quer que você vá permita-me ir junto.”
g)
Tendências escatológicas mórbidas: Até no banheiro ele quer
segui-la. O que vai fazer quando chegar lá?
Mas
que viagem mais absurda ao romântico
Analisado
friamente, e fora do contexto as palavras poderiam ser bem
assustadoras.
Prova
de que o que importa é o jeito que se fala e não o que é falado.